Para de treinar e veja mudanças corporais inimagináveis que podem frustrar ou dar um “choque de realidade”. O vai ser?
Para ganhar músculos e resistência, nosso corpo precisa de meses e até mesmo anos de dedicação na academia certo?
Porém basta parar de treinar e todo resultado conquistado vai pelo ralo abaixo.
A inatividade física é capaz de causar mudanças fisiológicas que afetam diretamente na resistência e força e obviamente na aparência física.
Tudo isso tem um fundamento que envolve o conceito de taxa de síntese proteica.
Por isso para entender sobre os efeitos do Destreinamento é preciso compreender esse conceito (como veremos adiante).
A ideia de abandonar os treinos está ocupando espaço na sua mente? Não tem ideia do que irá acontecer com seu corpo se escolher por isso?
Leia este post e quem sabe leve em consideração repensar essa ação!
Pare de treinar e veja como você irá perder Massa Muscular… :(
A todo momento o corpo está produzindo massa muscular, mas em contrapartida, ele também perde um pouco dessa massa.
Quando um indivíduo se mostra com uma taxa positiva, quer dizer que ele está hipertrofiando, e de forma inversa, quando a taxa é negativa, quer dizer que está atrofiando.
Esse conjunto de processos depende de diversos fatores, como exercícios físicos, descanso, alimentação e outros.
Quando você para de treinar, o corpo passa por um efeito conhecido como reversibilidade,
Este processo ocorre quando a degradação muscular passa a ser maior, o que significa que você começa a sofrer um processo de atrofia muscular.
E assim os efeitos do Destreinamento começam a surgir!
Para de treinar e sinta os efeitos do Destreinamento
Ao contrário do que muitos pensam, o Destreinamento não está ligado ao sedentarismo ou a falta de atividade física.
Esse conceito está relacionado na verdade, à interrupção do treinamento físico, que acaba diminuindo a sensação fisiológica e o desempenho esportivo.
Quando o corpo é submetido a mudanças de atividade ou função, os órgãos passam a se adaptar de maneira isolada, e por consequência, essas mudanças tendem a conduzir a uma atrofia.
A atrofia é um mal que pode afetar a vida no atleta no âmbito físico, social, psicológico e ambiental, o qual falaremos mais no tópico a seguir.
O Destreinamento pode ser causado por vários fatores, no caso de atletas profissionais, o principal limitador do treinamento de alto desempenho e atividade física é a idade, quando o atleta se aposenta.
No caso das pessoas que treinam por hobby ou mesmo pela saúde e estética, o maior limitador é a interrupção causada muitas vezes pela:
- Preguiça;
- Desânimo;
- Problemas sociais;
- Falta de dinheiro;
- Pouco tempo;
- Doenças…
Quando você para de treinar, não é simplesmente deixar de praticar uma atividade física, existem muitos efeitos negativos decorrentes do destreino.
Os quais veremos a seguir!
Destreinamento: o que acontece quando você para de treinar?
Os prejuízos causados pelo Destreinamento começam a aparecer com 2 a 3 semanas após você para de treinar.
Os músculos são os que sofrem os primeiros impactos do destreinamento, pois em média 18 dias, os efeitos já começam a ser notáveis.
Já a perda de força por exemplo, ocorre de forma lenta e gradual, depois de 3 a 4 semanas sem treinos ela ainda pode ser mantida.
Estudos concluíram que até três semanas sem treino não oferecem resultados significantes relacionados a atrofia.
Por isso, muitas pessoas inclusive você que para de treinar, podem acabar não percebendo os efeitos negativos que o destreino é capaz de causar no corpo.
Mas, eles estarão acontecendo, e, é claro que os efeitos causados pela pausa nos treinos serão cumulativos.
Quanto mais tempo a pessoa fica afastada dos treinos, mais o corpo apresentará os efeitos causados na perda de massa muscular e força.
Pesquisas comprovam que um ano sem treinar pode fazer com que o indivíduo perca todos os resultados obtidos anteriormente.
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Além disso, parar de treinar pode reduzir seus estoques de glicogênio.
E é justamente ele que contribui para o tamanho e a aparência do músculo, o que significa que ao parar de treinar você volta mais facilmente para aquela aparência de “frango”.
A boa notícia é que logo após retomar os treinos, os estoques passam a ficar novamente cheios de glicogênio.
Um outro fator afetado pela pausa nos treinos é o metabolismo, que passa a ficar mais lento e por consequência, aumenta a porcentagem de gordura corporal.
Mais do que os termos estéticos, o Destreinamento também é capaz de causar mudanças relacionadas ao humor e disposição.
Ver os resultados do treino indo embora, aliado a falta de atividade física, causam mudanças de humor e até baixa na autoestima.
Efeitos a curto prazo do Destreinamento
Os efeitos causados pelo destreinamento podem ser recuperados quando você retoma o treinamento, pois é quando as reservas de glicogênio expandem de forma rápida.
Estudos já comprovaram que parar os treinos por até 3 semanas, não irá oferecer atrofia significativa para o atleta.
E o retorno dos treinos após esse curto período de Destreinamento podem ainda oferecer benefícios, potencializando a hipertrofia.
Isso significa que tirar pequenas férias do treino vez ou outra, podem até contribuir para os seus resultados serem positivos.
Porém, vale ressaltar que isso não significa que você, ao decidir para de treinar – mesmo que por alguns dias – o corpo não será afetado.
Pelo contrário, basta apenas 10 dias sem movimentação, e inevitavelmente seu corpo já poderá notar mudanças relacionadas a:
# Flexibilidade: A redução pode chegar em até 100% da capacidade conquistada;
# Massa muscular: Redução de até 66%
# Sistema cardiorrespiratório: Até 10 % do conquistado nos treinos;
# Força muscular: Perda de até 15%.
Sabemos que o destreinamento pode acontecer devido a um período de férias, doença, lesões, viagens ou mesmo muito trabalho.
O fato é que quando iniciamos qualquer tipo de treinamento, estamos trabalhando nossas capacidades físicas, flexibilidade, força muscular e a aptidão cardiorrespiratória.
Ao praticar um exercício, você provoca essas capacidades físicas, fazendo com que o organismo trabalhe para reforçá-las.
Mas ao deixar de treinar todo esse esforço e resistência do corpo acaba sendo perdido e prejudicado.
Quanto mais tempo sem treinar, maiores os prejuízos causados pelo destreinamento.
E quanto antes voltarmos aos treinos, mais rapidamente o corpo tende a se recuperar.
O ideal para manter a força, é que você diminua o ritmo dos treinos aos poucos e treine pelo menos uma vez por semana.
Isso porque o treinamento excêntrico é capaz de auxiliar na manutenção de massa muscular.
Como age a Memória Muscular?
Você para de treinar, mas, para retomar tem uma boa notícia:
A notícia boa é que é mais fácil voltar a treinar do que começar pela primeira vez.
Isso tudo acontece por conta da memória muscular, pois as células registram a informação de que anteriormente já foram estimuladas.
Esse fato se dá pelo fato de as células musculares serem uma das poucas multinucleares do corpo humano.
O que significa que elas possuem muitos núcleos, e a medida que o atleta provoca uma sobrecarga nos músculos pelos treinamentos de resistência, são adicionados novos núcleos as células musculares.
A quantidade de núcleos nas fibras musculares se trata de uma das condições mais influentes no tamanho muscular.
Antigamente, acreditava-se que ao parar de treinar, os núcleos adquiridos eram perdidos, o que explicava a perda de força e tamanho.
Essas causas do destreinamento pareciam fazer todo o sentido com essa explicação, até surgir o conceito de memória muscular.
Descobriu-se que os núcleos adquiridos eram mantidos até três meses de inatividade, ainda que ao parar de treinar o indivíduo perdesse tamanho e força.
Isso explica porque um indivíduo iniciante na academia leva mais tempo para adquirir massa muscular do que aquele que já possui um histórico de treinamento.
Por esse motivo é que cientistas e estudiosos defendem a ideia de que se preenchermos os músculos na idade mais jovem, colheremos os benefícios na velhice.
Afinal, com a idade mais avançada, a construção de músculos se torna mais dificultada.
Como evitar o destreinamento e abandonar a ideia de para de treinar!
Existem casos em que o destreinamento faz parte do processo de treinamento dos atletas.
Pois o processo do catabolismo se intensifica, causando um aumento na concentração de hormônios anabólicos a fim de reduzir os efeitos desse processo.
Porém, essa fase transitória precisa ser administrada conforme o perfil de cada indivíduo.
Devemos salientar ainda de que as pessoas que colhem benefícios do destreinamento são aqueles que treinam de maneira regular e intensa.
Em todo caso, o ideal é não parar com os treinos de um dia para o outro.
Se a causa de seu destreinamento for trabalho ou falta de tempo, procure inicialmente reduzir o ritmo de seu treinamento e em seguida tente manter um padrão.
Mas se o motivo for alguma viagem ou férias, tente buscar outras alternativas para que você possa manter o ritmo.
Agora, se você para de treinar por preguiça ou desânimo, busque ter foco e disciplina, para que aos poucos possa ir recuperando a boa forma.
Os exercícios físicos são indispensáveis para que possamos manter a saúde em dia e também o corpo bem definido.
Para finalizar…
Sabemos que a correria do dia a dia e outros fatores podem atrapalhar a frequência dos treinos, fazendo com que muitas vezes acabe caindo no destreinamento e colhendo seus efeitos.
Se o seu objetivo é manter a forma, a hipertrofia, será necessário um maior esforço para que os resultados sejam mantidos e progridam.
Não existe fórmula mágica para um shape bacana, a receita perfeita é aliar a alimentação saudável, treinos regulares, descanso e hábitos saudáveis.
Você para de treinar porque está achando difícil conciliar todos os compromissos, mas, ficar sem a energia que o treino te dá, pode também não ser bom!
Gostou de saber mais sobre o destreinamento?
Diga pra nós nos comentários se alguma vez você já passou por essa fase e se foi difícil retomar os treinos.
Não esqueça de compartilhar este artigo nas redes para incentivar outras pessoas a driblarem o destreinamento!
Referências
Dantas E. A prática da preparação física. 5 ed. Rio de Janeiro: Shape; 2003.
FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. Artmed: Porto Alegre, 2006.
FLECK, S. J. Periodized Strength Training: A Critical Review. Journal of Strength and Conditioning Research, Philadelphia, v. 13, n.1, p. 82-89, 1999.