O HMB, conhecido entre frequentadores de academias e atletas, é um metabólito do aminoácido leucina, encontrado na dieta em pequenas quantidades, nos alimentos ricos em proteínas, tais como peixe e leite. Sua produção no corpo humano atinge valores médios de 0,25 a 1g/dia, de acordo com a ingestão total de proteínas e de leucina.
É anunciado como um suplemento anticatabólico, ou seja, usado para regular o metabolismo proteico e reduzir a degradação muscular durante exercícios intensos. Algumas evidências mostram que ele pode reduzir o catabolismo muscular e proteger contra danos musculares em situações como na debilitação associada ao câncer e a AIDS.
Porém, sua grande procura é devida principalmente à promessa do aumento nos ganhos de força e massa muscular associado ao treinamento de resistência, além da possível perda de gordura corporal e melhora na recuperação após o exercício.
Os resultados dos estudos com relação à eficácia do HMB são ainda controversos. Alguns sugerem que não há nenhum benefício em seu uso na redução de dano e perda musculares. Outros mostram que, os indicadores de danos musculares pós-exercício, tais como os níveis sanguíneos de creatinoquinase (um indicador de dano muscular), mostram-se caracteristicamente reduzidos em indivíduos que consomem HMB, o que poderia indicar um nível reduzido de dano muscular e estar associado a uma melhor função muscular. Porém, seu uso seria indicado particularmente em períodos de alta intensidade de resistência e de treinamento de resistência, seguidos de competições de longa duração, como maratonas.
Outros trabalhos mostraram que o suplemento de HMB serve de feedback negativo no músculo, dificultando a quebra e a hidrólise das proteínas que contêm leucina e isoleucina, como a mioglobina. Isso, além de preservar a musculatura, aumenta a capacidade de esforço em condição aeróbia.
Devido aos seus possíveis efeitos de retenção do nitrogênio, atletas treinados em resistência optam pela sua suplementação esperando prevenir ou tornar mais lento o dano muscular e reduzir a proteólise, associada com um esforço físico intenso.
Alguns estudos indicam uma dosagem segura e adequada de 1,5 a 3g/dia, 30 minutos antes do treino, para garantir os efeitos desejados da suplementação de HMB. Outros sugerem doses que variam de 3 a 6g/dia, administrada em duas ou três doses fracionadas.
É muito natural que os atletas e mesmo a população em geral, procurem alternativas para melhorar os resultados, porém, sabemos que o esperado ganho de massa muscular e competência de força nos treinos resistidos se apoiam no planejamento do treino e na ingestão adequada dos nutrientes responsáveis pela energia durante os treinos e recuperação pós- treino e, quanto mais se aumenta a intensidade dos exercícios maior a necessidade da adequação nutricional, garantindo a resposta aos treinos e a recuperação física para a próxima sessão de treinamento.
Por isso, procure uma nutricionista especializada para garantir seus resultados sem danos a sua saúde.
Referências Bibliográficas
PASCHOAL, V. et al. Suplementação Funcional Magistral: dos nutrientes aos compostos bioativos. Ed. Valéria Paschoal ltda. São Paulo, 2008.
TALBOTT, S.M.; HUGHES, K. Suplementos dietéticos para profissionais de saúde. Ed. Guanabra Koogan. Rio de Janeiro, 2008.
NABHOLZ, T. V.; Nutrição esportiva: aspectos relacionados à suplementação nutricional. Ed, Sarvier. São Paulo, 2007.
Eu ja tomei eu aprovo!
Excelente matéria!
Então, ele retém líquido ou não? Uma pessoa não tão magra é recomendável ou não a tomar? Se alguém souber responder..
Obrigado :D
Ótima matéria!