Não há o que estranhar, é fato conhecido o exorbitante o número de pessoas que treinam com o objetivo de perder. Elas planejam, traçam metas, se organizam e fazem de tudo para perder peso, colesterol, reduzir o estresse, combater a insônia, abandonar o sedentarismo, etc. São vários objetivos, mas a ênfase é a mesma: perder. Ponto comum entre aqueles que desistem da luta no meio do caminho. Esta é uma das bases da motivação e tem efeito curto, ao contrário da sua rival, a ênfase em ganhar.
Nosso comportamento é instalado e mantido em função das nossas relações com o ambiente e das suas consequências, especialmente duas: obter algo bom, afastar algo ruim. Esses dois tipos de comportamentos tendem a se repetir quando eficazes, mas de formas muito diferentes.
Imaginemos dois exemplos:
1) Completada sua primeira maratona de revezamento, Paulo ganhou bem estar, autoconfiança, elogios e muito carinho, assim, intensificou a prática;
2) Pedro engordou um bocado no fim de ano, por isso voltou a treinar. Paulo comporta-se em função de ganhos positivos. Pedro, por sua vez, comporta-se em função de afastar algo negativo.
Paulo seguirá adiante. Pedro provavelmente não. Por que? Ao gerar algo bom, o comportamento é fortalecido. É repetido porque queremos mais daquilo que ele produz. Já o comportamento de afastar algo ruim faz o oposto, enquanto atinge seu objetivo, se enfraquece. Conforme o machucado para de arder, não precisamos mais assoprar.
Ocorre o mesmo com a alimentação e a dieta. Apreciadores de comidas saudáveis querem mais todos os dias. Já quem faz dieta se alimenta de modo equilibrado apenas para AFASTAR algo ruim (medidas, colesterol, doença). Ao findar do problema, ainda que parcialmente, a dieta é abandonada.
Suponhamos que a meta seja perder 15kg e para isso inicia-se um programa diário de exercícios físicos. A ênfase está em perder. Existe algo ruim que se pretende afastar, os 15kg. A chance da pessoa NÃO conseguir é altíssima. Por que? Porque à medida que ela perde um ou dois quilos o incomodo diminui. A pessoa começa a se sentir melhor e o comportamento gradualmente deixa de ter função. Simples. Aqui estamos falando da maioria das pessoas que não tem hábito de praticar exercício físico regular, que fazem as famosas promessas de fim de ano, mas que nunca conseguem ir muito longe.
O que fazer? Mudar a ênfase, a relação, o esquema. Mesmo tendo como meta perder 15 kg, substitua esse objetivo negativo por outro positivo. Estabeleça a meta de redução de peso, mas não se paute por ela. Na verdade, esqueça “perder peso”. Crie e se guie por meta positiva de, por exemplo, correr X km por treino/semana, ou de completar um revezamento, de encontrar novos amigos. A ênfase se torna ganhar, conquistar, vencer, criar algo bom. O tipo de comportamento que gera e é fortalecido por consequências positivas. Já pensou na razão de distribuírem medalhas para todos os participantes de maratonas? Quando gostar do sabor do êxito, vai querer mais. A chance de continuar praticando exercício físico aumentará muito e, consequentemente, a redução de peso também virá.
“Não treine para perder, treine para ganhar”
DT vocês estão de Parabéns!
Deus os abençoe..
Amém Rogerio!
Damos todo o mérito desse post ao Mauricio Mendonça, que mais uma vez escreveu um ótimo post!
Abraço e muito obrigado!
Ótimo post!! Talvez um dos melhores e com certeza ja mudou minha maneira de pensar!
Quero ganhar!!
Saudações!